ANÁLISE DA VIDA ÚTIL DE CABOS CONDUTORES DE ENERGIA ELÉTRICA EM LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREAS

Autores

  • Deivid dos Santos Dias COPEL Geração e Transmissão S.A.
  • Renato de Arruda Penteado Neto Institutos Lactec
  • Márcio Tonetti COPEL Geração e Transmissão S.A.

Resumo

Linhas de transmissão (LT) são compostas por fundações, suportes e cabos, sendo os cabos responsáveis por aproximadamente quarenta por cento de todo o custo de implantação. Uma das formas da otimização do uso dos cabos é através do aumento de sua tração axial. Contudo, o aumento da tração necessita de estudos acerca das vibrações eólicas e suas consequências na vida útil do cabo. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a vida útil de condutores frente ao aumento da tração axial. A metodologia utilizada envolveu a coleta de dados de uma Linha de transmissão experimental (LTE). Construída com recursos de um projeto de pesquisa e desenvolvimento, a LTE possui dimensões reais e opera sob as mesmas condições ambientais de uma LT, sendo um laboratório inédito no Brasil para tal fim. Os ensaios consistiram na vibração forçada de dois tipos de cabos numa varredura de frequências entre 6 e 55Hz e variações de tração entre 17% e 31% da resistência mecânica calculada (RMC), de onde extraíram-se os comportamentos mecânicos dos condutores, estimaram-se as velocidades de vento prejudiciais e as tensões dinâmicas associadas. Com tais dados e as curvas de tensão versus ciclos (SN) associadas foi possível determinar a vida útil remanescente de cada cabo, relacionando-a com a tração axial. Os resultados revelaram os seguintes pontos conforme aumenta-se a tração: (i) a uniformização dos níveis de vibração para todas as frequências excitadas; (ii) o aumento do valor médio das amplitudes de vibração e (iii) a redução drástica da vida útil dos condutores.

Biografia do Autor

Deivid dos Santos Dias, COPEL Geração e Transmissão S.A.

Engenheiro de Obras Eletromecânicas alocado na Divisão de Construção de Linhas de TransmissãoPossui graduação em Engenharia Elétrica pela UFPR, MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV e Mestrado profissional em Desenvolvimento de Tecnologia pelo Institutos LACTEC.

Referências

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Publicado

19.09.2018

Edição

Seção

Artigos Científicos