INFLUÊNCIA DA IDADE DE CURA DO CONCRETO E DAS DIMENSÕES DOS CORPOS DE PROVA NA VELOCIDADE DE PULSO ULTRASSÔNICO, RESISTIVIDADE ELÉTRICA E RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL.

Autores

  • Jayson Pereira Godinho Eng. Ambiental e de Segurança do Trabalho, Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) pela UTFPR, Doutorando em Eng. de Construção Civil (PPGECC), UFPR
  • Rafael Luiz Neves de Oliveira Eng. Civil, Especialista em Sistemas Estruturais em Concreto e em Gerenciamento e Execução de Obras (Instituto IDD), Mestrando em Eng. de Construção Civil (PPGECC), UFPR
  • Ana Paula Brandão Capraro Eng. Civil, Especialista em Gestão de Projetos (UP), Mestre em Eng. de Construção Civil (PPGECC) e Doutoranda em Eng. de Construção Civil (PPGECC), UFPR
  • Giovana Costa Réus Eng. Civil, Mestre em Eng. de Construção Civil (PPGECC) e Doutoranda em Eng. de Construção Civil (PPGECC), UFPR
  • Marcelo Henrique Farias de Medeiros Eng. Civil, Mestre e Doutor em Eng. Civil pela Universidade de São Paulo (USP), Docente na UFPR, Departamento de Construção Civil - DCC

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do formato e da idade de cura dos corpos de prova nas leituras de velocidade de ultrassom, resistividade elétrica e resistência à compressão axial. Foram moldados corpos de prova de concreto em três formatos distintos, sendo eles: prismáticos (4x4x16 cm e 7x7x25 cm) e cilindricos (10x20 cm). Os resultados da pesquisa indicaram que resistência à compressão dos corpos de prova prismáticos foi 29% maior em relação aos corpos de prova cilíndricos. Para os três formatos de corpos de prova, a velocidade de ultrassom aumentou ao longo do tempo e, somente foi possível evidenciar a influência do formato e dimensões dos corpos de prova nas idades de 2 dias e 28 dias de cura. A resistividade elétrica para os três formatos de corpos de prova também aumentou ao longo do tempo, mas essa foi influenciada diretamente pelo formato e dimensões, evidenciando que, para corpos de prova com relação b/d (base do corpo de prova/distância equidistante entre eixos dos eletrodos do resistivímetro) menor que 6, é necessário o cálculo de um fator de forma.

Referências

ABDELOUAHEB, G.; ABDELHALIM, B. Investigation of Concrete Segregation by Ultrasonic Pulse Velocity. Journal of Architectural Engineering Technology, v. 5, n. 3, p. 1–6, 2016.

CAPRARO, D. F. A.; CAPRARO, A. P. B.; ARGENTA, M. A.; MEDEIROS, M. H. F. Avaliação experimental e numérica da influência da forma e dimensão de corpos de prova de argamassa em ensaios de compressão. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, Instituto Brasileiro do Concreto, 2018 (no prelo).

CASTELLOTE, M.; ANDRADE, C.; ALONSO, M. C. Standardization, to a reference of 25 ºC, of electrical resistivity for mortars and concretes in saturated or isolated conditions. Materials Journal, v. 99, n. 2, p. 119-128, 2002.

CEB - COMITÉ EURO-INTERNACIONAL DU BÉTON. Diagnosis and assessment of concrete structures. State of the art report. Bulletin 192. Lausanne: CEB, 120 p., 1989.

COSMES-LÓPEZ, M. F.; CASTELLANOS, F.; CANO-BARRITA, P. F. DE J. Ultrasound frequency analysis for identification of aggregates and cement paste in concrete. Ultrasonics, v. 73, p. 88–95, 2017.

FERRARI, V. J.; PADARATZ, I. J. Aplicação de ondas ultra-sônicas na detecção das primeiras fissuras em vigas de concreto armado e na avaliação da resistência à compressão. Acta Scientiarum. Technology, v. 25, n. 2, p. 185–191, 2003.

FOLIĆ, R. Durability design of concrete structures - part 1: analysis fundamentals durability design of concrete structures. Architecture and Civil Engineering. vol. 7, nº 1. p.1-18, 2009.

GOWERS, K. R.; MILLARD, S. G. Measurement of concrete resistivity for assessment of corrosion severity of steel using Wenner technique. ACI Materials Journal, v. 96, n. 5, p.536-541, september-october, 1999.

HERNÁNDEZ, M. G.; IZQUIERDO, M. A. G.; IBÁÑEZ, A.; ANAYA, J. J.; ULLATE, L. G. Porosity estimation of concrete by ultrasonic NDE, Ultrasonics, v. 38, n. 1–8, p. 531–533, 2000.

MCCARTER, W. J. & BARCLAY, S. A Comparison of two methods for resistivity measurements on repair mortar for cathodic protection systems, Cement and Concrete Research, vol. 23, pp. 1178-1184, 1993.

MEDEIROS, M. H. F. Estudo de variáveis que influenciam nas medidas de resistividade de estruturas de concreto armado. Revista Engenharia Civil da Universidade do Minho, v.12, Guimarães, 2001.

MEDEIROS-JUNIOR, R. A.; LIMA, M. G.; MEDEIROS, M. H. F.; REAL, L. V. Investigação da resistência à compressão e da resistividade elétrica de concretos com diferentes tipos de cimento. Revista ALCONPAT, v. 4, p. 116-128, 2014.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 2ª edição Brasileira. 4ª Edição em inglês. São Paulo. Brasil, 2014.

MONFORE, G. E. The electrical resistivity of concrete. Journal of Portland Cement Association. nº 224. p. 35-48, 1968.

NAIK, T. R., MALHORTA, V. M. The ultrasonic pulse velocity method. In: Handbook on non-destructive testing of concrete. p. 169–188, 1991.

NBR 13279 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.

NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.

NBR 6118 Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 2014.

NBR 7215 Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 1996.

NBR 8802 Concreto endurecido - Concreto endurecido - Determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 2013.

NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. 5ª Ed. Bookman Editora, 2015.

NM 248 Agregados - Determinação da composição granulométrica. Asociación Mercosur de Normalización - AMN. São Paulo/SP, Brasil, 2003.

NM 52 Agregado miúdo – Determinação da massa específica e massa específica aparente. Asociación Mercosur de Normalización - AMN. São Paulo/SP, Brasil, 2003.

NM 53 Agregados graúdo - Determinação da massa específica aparente e absorção de água. Asociación Mercosur de Normalización - AMN. São Paulo/SP, Brasil, 2009.

PAGE, C. L.; PAGE, M. M. (Ed.). Durability of concrete and cement composites. Woodhead Publishing; 1º edition, (Elsevier), 416 p., july 14, 2007.

PEREIRA, E., MEDEIROS, M. H. F. Ensaio de “Pull Off” para avaliar a resistência à compressão do concreto: uma alternativa aos ensaios normalizados no Brasil. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, Instituto Brasileiro do Concreto, v. 5, n. 6, p.757–768, 2012.

POLDER, R. B. Chloride diffusion and resistivity testing of five concrete mixes for marine environment. 1st RILEM workshop on Chloride Penetration into Concrete, 15-18 October 1995, St Rémy lès Chevreuse, France. 9 p., 1995.

PRESUEL-MORENO, F.; LIU, Y.; WU, Y.-Y. Numerical modeling of the effects of rebar presence and/or multilayered concrete resistivity on the apparent resistivity measured via the Wenner method. Construction and Building Materials, vol. 48, pp. 16– 25, 2013.

PROCEQ S. A (2017) Manual Resipod. Disponível em: https://www.proceq.com/uploads/tx_proceqproductcms/import_data/files/Resipod_Sales%20Flyer_Portuguese_high.pdf. Acesso em 01 de abril de 2018.

PROCEQ S. A (2017) Manual ultrassom Pundit Lab. Disponível em: https://www.proceq.com/uploads/tx_proceqproductcms. Acesso em 01 de abril de 2018.

RIBEIRO, D. V.; SALES, A.; SOUZA, C.; ALMEIDA, F.; CUNHA, M.; LOURENÇO, M.; HELENE, P. Corrosão em estruturas de concreto armado: teoria, controle e métodos de análise. Editora Campus, 2014.

UNE 83988-2 Durabilidad del hormigón – determinación de la resistividad – Parte 2: Método de las cuatro puntas o de Wenner. Asociación Española de Normalización y Certificación - AENOR, Madrid, España, 2012.

WHITTINGTON, H. W.; MCCARTER, J.; FORDE, M. C. The conduction of electricity through concrete. Magazine of concrete research, v. 33, n. 114, p.48-60, 1981.

WILSON, J. B. The electrical properties of concrete. Thesis submitted to the University of Edinburgh for the degree of doctor of philosophy. Department of Electrical Engineering. Scotland, 1986.

Downloads

Publicado

22.08.2018

Edição

Seção

Artigos Científicos