PREVISIBILIDADE DE VIDA ÚTIL EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DA PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO

Autores

  • Eduardo Rigo Mestrando em Engenharia Civil, Universidade Federal da Integração Latino-Americana
  • Carlos Eduardo de Oliveira Mestrando em Engenharia Civil, Universidade Federal da Integração Latino-Americana
  • Edna Possan Doutora em Engenharia Civil, Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Resumo

Um dos principais causadores da corrosão do aço imerso no concreto é o fenômeno conhecido como carbonatação, no qual o CO2 disponível na atmosfera reage com o hidróxido de cálcio presente na matriz cimentícia, transformando-o em carbonato de cálcio e água, acidificando o pH da estrutura e facilitando a corrosão das armaduras. Um dos meios de evitar essa ocorrência consiste em determinar corretamente a espessura do cobrimento do concreto da estrutura. Para tal, pode-se recorrer à simulação da carbonatação ao longo do tempo, por meio do emprego de modelos matemáticos de degradação. Tendo em vista que existem vários modelos na literatura que podem ser empregados nestas simulações, este estudo compara a estimativa da profundidade de carbonatação do concreto ao longo do tempo empregando dois distintos modelos da literatura. A avaliação dos modelos foi conduzida através da simulação em planilhas do Excel, avaliando-se o erro médio entre o valor estimado pelo modelo e o valor real obtido. Como base, utilizou-se um banco de dados de estudos da literatura de profundidades de carbonatação natural para concretos de diferentes resistências à compressão. Os resultados indicam que os modelos analisados apresentam resultados similares aos dados reais, com erro médio de 1,26 mm. Espera-se com este trabalho mostrar a importância da utilização de modelos matemáticos para simulações de desempenho de estruturas de concreto, visto que respeitados seus limites de abrangência, os modelos demonstram eficiência em estimar a durabilidade e prever a vida útil de concretos para diferentes ambientes de exposição da estrutura, de modo a evitar manifestações patológicas, auxiliando na tomada de decisão em projetos de engenharia.

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Publicado

22.08.2018

Edição

Seção

Artigos Científicos