ADUBAÇÃO COM LODO DE ESGOTO NA CULTURA DO MILHO

Autores

  • Arilson de Aquino Gonçalves Engenheiro Agronômo
  • Carlos Roberto Moreira Professor do curso de Agronomia do Centro Universitário Assis Gurgacz
  • Gabriela Barreto de Paula Souza Acadêmica do curso de Agronomia do Centro Universitário Assis Gurgacz
  • Dandara Maria Peres Acadêmica do curso de Agronomia Centro Universitário Assis Gurgacz
  • Gabrieli Maria Canzi Acadêmica do curso de Agronomia Centro Universitário Assis Gurgacz

Resumo

O uso do lodo de esgoto na agricultura deve estar condicionado ao uso seguro e ao valor deste como insumo agrícola, sempre observando à legislação específica, de forma a garantir níveis de qualidade de lodo que permitam a sua utilização de forma segura. O objetivo desse estudo é evidenciar metais pesados em plantas de milho quando submetido à adubação com lodo de esgoto, com a preocupação de possíveis contaminações no meio ambiente através de resíduos que são gerados no processo de tratamentos de aguas. O experimento foi realizado na Fazenda Escola do Centro Universitário FAG, no Município de Cascavel – PR, O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições.  T01: 00 t ha-1 testemunha – sem lodo, T02: 10 t ha-1, T03: 20 t ha-1, T04: 30 t ha-1 e T05: 40 t ha-1 de lodo de esgoto. Os parâmetros avaliados foram os teores de N, P, K e matéria seca na planta do milho nos tratamentos analisados. Os resultados obtidos nas análises de regressão mostram um comportamento linear crescente dos teores de N, P e MS, em função do aumento da dosagem de lodo, porém, a equação quadrática foi a que melhor se ajustou para N e P e a linear para matéria seca, para os teores de K, não foram observado influencia em função da dosagem do lodo.

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Publicado

11.03.2019

Edição

Seção

Artigos Científicos