POSTURA E BIOMECÂNICA DE TRABALHADORES NO PLANTIO FLORESTAL MANUAL COM FERRAMENTA CONVENCIONAL VERSUS NOVOS PROTÓTIPOS

Autores

  • Antonio Luciano de Lima Técnico de Segurança do Trabalho, Acadêmico de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia, Faculdades FatiFajar
  • Felipe Martins de Oliveira Engenheiro Florestal, Prof. Dr. da União Latino-americana de Tecnologia, Faculdades FatiFajar

Resumo

Apesar da mecanização em larga escala, muitas atividades da silvicultura de florestas plantadas ainda são realizadas por métodos manuais, com elevado contingente de mão-de-obra e apresentando condições laborais inadequadas. Este estudo foi realizado em áreas operacionais de uma empresa florestal na região de Curiúva (PR) e objetivou avaliar as posturas típicas e a biomecânica da atividade de plantio manual de pinus com o uso de três ferramentas. A convencional era um “chacho” de metal em conjunto com uma caixa de mudas e os outros eram dois protótipos, sendo uma plantadeira de teflon (material mais leve) e outra de metal, mas com regulagem de altura, em conjunto com uma bolsa acoplada no ombro do trabalhador, com menor quantidade de mudas que a caixa. A avaliação postural foi realizada pelos métodos OWAS, RULA e REBA e a biomecânica pelo 3D SSPP. Os resultados indicaram que a pior postura foi a verificada no trabalho com a ferramenta convencional, a qual necessitou de correções imediatas em todos os métodos de avaliação, além de oferecer maior risco de lesão na coluna lombar (força de compressão de 2699 ± 211 N no disco L5-S1) e nas articulações do tronco, quadril, joelhos e tornozelos. Verificou-se melhor situação no trabalho com o uso da plantadeira com regulagem de altura, a qual proporcionou melhor postura e menor compressão na coluna vertebral, entretanto devido ao baixo percentual de capazes em relação aos ombros (53%), ressalta-se a necessidade de readequação da bolsa usada como depósito de mudas durante o plantio.

Biografia do Autor

Antonio Luciano de Lima, Técnico de Segurança do Trabalho, Acadêmico de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia, Faculdades FatiFajar

Funcionário do Crea-PR, setor de Relações Institucionais - Gestão de Entidades de Classe.

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Publicado

07.08.2019

Edição

Seção

Artigos Científicos