AVALIAÇÃO DO EMPREGO DA CINZA DA CASCA DE ARROZ NO CONCRETO FRENTE AO ATAQUE POR SULFATO DE SÓDIO

Autores

  • Bruna Swiderski Engenheira Civil
  • Filipe José Delabona Estudante de graduação – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Mariana Eveli Rufatto Estudante de graduação – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Giovanna Patrícia Gava Docente – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Resumo

Na execução de estruturas em estações de tratamento de esgoto é primordial a utilização do concreto de cimento Portland, porém, este é facilmente degradado em função das condições de agressividade deste meio. Os agentes agressivos presentes nesse ambiente, são os sulfatos, que afetam diretamente o concreto de cimento Portland. Duas alternativas são difundidas na literatura para mitigar esses efeitos: o uso de menores relações água/aglomerante e o emprego de adições pozolânicas. Nesse trabalho, foi comparado o desempenho de concretos com substituição parcial do cimento CP II F 40 por cinza da casca de arroz (CCA) nos teores de 0%, 5%,10% e 15% e o desempenho de concretos com o cimento CP V ARI RS quanto à resistência ao ataque por sulfato de sódio. Os procedimentos foram conduzidos conforme a norma americana ASTM C1012/C1012M – 18a, sendo avaliadas a variação dimensional, a resistência à tração na flexão, a resistência à compressão, a alteração de pH e a alteração de massa de barras de argamassa imersas em solução de sulfato de sódio.  A substituição parcial do cimento por CCA foi eficiente na mitigação da expansão das argamassas expostas à solução sulfatada. A argamassa com 10% de CCA apresentou a menor expansão atingindo 0,011% com 15 semanas. Foi observado um incremento da resistência das argamassas expostas à solução sulfatada quando comparado às argamassas que permaneceram imersas em água saturada com cal, sendo que a argamassa com 15% de CCA foi a que apresentou as maiores resistências à tração e à compressão. Notou-se que a solução de sulfato não foi capaz de alterar o pH ao longo da profundidade da seção transversal das barras e um aumento de massa nas barras de argamassas que ficaram imersas à solução sulfatada.

Referências

ADESANYA. D.; RAHEEM, A. A study of the permeability and acid attack of corn cob ash blended cements. In: Construction and Building Materials. 24 ed. p. 403-409, 2010.

AMERICAN CONCRETE INSTITUTE ACI 201.2R-01: guide to durable concrete. Farmington Hills, Mich, 2001. 41 p.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS 109/C109 M – 02: stadard test method for compressive strength of hydraulic cement mortas (using 2-in. or [50-mm] cube specimens). Massachusetts, United States, 2002. 6 p.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS 778/C778 M – 17: specification for standard sand. american society for testing and materials. Massachusetts, United States, 2017. 6 p.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. 1012/C1012M – 18a: stadard test method for length change of hydraulic-cement mortars exposed to a sulfate solution. Massachusetts, United States, 2018. 9 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13279: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro, Brasil, 2005. 9 p.

BAPAT, J. D. Mineral admixtures in cement and concrete: CRC. 1st ed. Boca Raton, Flórida, USA, 2012.

CHATVEERA, B.; LERTWATTANARUK, P. Evaluation of sulfate resistance of cement mortars containing black rice husk ash. In: Construction and Building Materials. 90 ed. p. 1435–1441, 2009.

ESCADEILLAS, G.; HORNAIN, H. A durabilidade do concreto frente a ambientes quimicamente agressivos – Capítulo 22. In.: J.P. Ollivier e A. Vichot. Tradução: O. Cascudo e H. Carasez. Durabilidade do concreto: Bases científicas para a formulação de concretos duráveis de acordo com o ambiente. São Paulo: IBRACON, 1 ed. p. 433-507, 2014.

SKALNY, J.; MARCAND, J.; ODLER, I. Sulfate attack on concrete: CRC. 1st ed. Londres, Inglaterra, 2002.

SOUZA, R. B. DE. (2006) Suscetibilidade de pastas de cimento ao ataque por sulfatos – método de ensaio acelerado. 2006. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

Downloads

Publicado

24.09.2019

Edição

Seção

Artigos Científicos