INFLUÊNCIA DO ATIVADOR ALCALINO NO PH E RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CIMENTO SUPERSULFATADO: ESTUDO EXPLORATÓRIO PARA USO NO CONCRETO ARMADO
Resumo
O consumo excessivo de recursos naturais e a grande liberação de CO2 na produção de cimento Portland (CP) vem aumentando a necessidade de se encontrar cimentos com materiais alternativos em sua produção. O cimento supersulfatado aparece como uma opção ao CP, produzido a partir da mistura de escória de alto forno, uma fonte de sulfato de cálcio e um ativador alcalino. Diversos estudos sobre as propriedades deste cimento vêm sendo realizadas, porém sua durabilidade é pouco conhecida. Pensando nisso, este estudo busca analisar a influência do ativador alcalino no pH e resistência à compressão deste aglomerante, com vistas a sua futura aplicação em concreto armado. Para isso, foram utilizados cimentos Supersulfatados com KOH e NaOH como ativadores alcalinos e com 3 teores diferentes (0,2, 0,5 e 0,8 %). Para resistência à compressão medida em pasta, ambos os ativadores apresentaram valores próximos e compatíveis com diversas aplicações para teor de 0,5% de ativador. Além disso, os ensaios de pH mostraram que existe influência do ativador neste parâmetro, e apenas o teor de 0,2 % apresentou valor abaixo do indicado como ideal para formação da película passivante.Referências
HORSLEY, C.; EMMERT, M. H.; SAKULICH, A. Influence of alternative fuels on trace element content of ordinary portland cement. Fuel. 481-489, 2016.
RESCHKE, J. S. Escória Granulada De Fundição Utilizada Como Substituição Ao Cimento Em Concretos. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), UFRGS, Porto Alegre-RS, 2003.
JUENGER, M. C. G. et al. Advances ins alternative cementitious binders. Cement and Concrete Research. 1232-1243, 2011.
GRUSKOVNJAK, A. et al. Hidration mechanisms of super sulphates slag cement. Cement and Concrete Reasearch. 983-992, 2008.
GRACIOLI, B. Considerations on the mechanical behavior and hydration process supersulfated cement (CSS) formulated with phosphogypsum. Matéria, Rio de Janeiro, 2017.
ANGULSKI DA LUZ, C.; HOOTON, R. D. Influence of curing temperature on the process of hydration of supersulfated cements at early age. Cement and concrete research. 69-75 , 2015.
HOMRICH, J. T. O. Avaliação do comportamento do cimento supersulfatado em concreto autoadensável. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco-PR, 2018.
CARMONA, T. G. Modelos de previsão da despassivação das armaduras em estruturas de concreto sujeitas a carbonatação.Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção Civil e Urbana), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
BROOMFIELD, J. P. Corrosion of Steel in Concrete: Understanding, investigation and repair. Taylor and Francis, 2007.
KRUGER, J. The nature of the passive film on iron and ferrous alloys. Corrosion Science. 149-162, 1989.
SATO, N. An overview on the passivity of metals. Corrosion Science. 1-19, 1990.
HUET, B. et al. Electrochemical behavior of mild steel in concrete: Influence of pH and carbonate content of concrete pore solution. Electrochimica Acta. 172-180, 2005.
MATSCHEI, T.; BELLMANN, F.; STARK, J. Hydration behavior of supersulphated activated slag cement. Advances in cement research. 167-178, 2005.
MUN, K. J. E. A. Basic properties of non-sintering cement using phosphogypsum and waste lime as activator. Construction and Building Materials. 1342-1350, 2007.
GRACIOLI, B. Influência da temperatura de calcinação do fosfogesso no desempenho de cimentos supersulfatados. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos), Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco – PR, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 76:Cimento Portland - Determinação da finura pelo método de permeabilidade ao ar (Método de Blaine). Rio de Janeiro,1998.
EN 15743 Supersulfated cement-composition, specification and conformity criteria. European Committee For Standardization (CEN), Brussels, Belgium, 2010.
RUBERT, S. Contribuição ao estudo de cimentos supersulfatados: formulação e mecanismos de hidratação. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos), Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco – PR, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro, Brasil, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao confirmar a submissão dos artigos para a Revista Técnico-Científica CREA-PR é necessário concordar com a cessão dos direitos de reprodução e/ou publicação do material submetido.
Embora a Revista Técnico-Científica CREA-PR reserve todos os direitos autorais do trabalho publicado, permitindo a sua reprodução, com citação da fonte, o conteúdo das publicações continua de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião dos editores e do CREA-PR.
Cabe aos autores dos artigos a responsabilidade de qualquer reclamação quanto aos conflitos envolvendo direitos autorais, assumindo e isentando o CREA-PR de qualquer pendência.
