MICROESTRUTURA DE ARMADURAS EM PROCESSO DE CORROSÃO NATURAL: ESTUDO DE CASO EM BARRAS DE AÇO PERTENCENTES À ANTIGAS FUNDAÇÕES DO ITA

Autores

  • Francieli Schmoeller Doutoranda, Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA
  • Maryangela Geimba de Lima Professora Dra, Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA
  • Silvelene Alessandra Silva Pesquisadora, Instituto de Estudos Avançados - IEAv

Resumo

A corrosão, manifestação que mais degrada o aço, faz-se muito presente na deterioração de estruturas de concreto armado, limitando sua durabilidade e podendo levá-la ao colapso. Ainda, de acordo com estudos recentes, a corrosão é responsável por cerca de 4 % do PIB anual com custos de recuperação no Brasil. Dessa forma, entende-se de grande valia a melhor compreensão do processo de corrosão de barras de aço por envelhecimento natural, através de uma análise microestrutural. Assim, realizou-se o estudo em três barras de aço liso, com 15,88 mm de diâmetro, que pertenciam a armaduras de espera das antigas fundações do prédio da Ala Zero do ITA, ao qual permaneceram enterradas por cerca de 60 anos, até o ano de 2008, quando as amostras foram coletadas e armazenadas em laboratório. O estudo abordou dois aspectos distintos: a análise macro e microestrutural, de forma a obter um exame do material e do processo de corrosão. Para isso, realizou-se análise visual ao longo da extensão das barras, bem como a avaliação por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura, que permitiu verificar a irregularidade do formato e tamanho dos grãos, visualização dos contornos de grãos, pontos de óxidos intergranulares, como também, a espessura da crosta de corrosão formada na superfície das barras. Ainda, foi possível analisar que, após cerca de 70 anos de deterioração, as barras não perderam significativamente sua seção.

Referências

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Publicado

24.09.2019

Edição

Seção

Artigos Científicos