ANÁLISE DE EIV DE CONJUNTOS HABITACIONAIS, POR MEIO DE AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO.

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Resumo

Atualmente, no Brasil, a produção de habitação de interesse social é feita essencialmente pelo Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, em conjunto com as Companhias de Habitação de cada cidade. Essa produção enfrenta problemas que envolvem a qualidade de inserção urbana dos empreendimentos e a falta de um estudo prévio para a escolha do local de implantação destes edifícios. O objetivo desta pesquisa é entender quais são os impactos urbanos gerados pela implantação dos conjuntos habitacionais de interesse social do PMCMV, viabilizados pela COHAB-CT, no bairro Ganchinho, em Curitiba. Para isso, foram levantados dados, por meio da metodologia APO (Avaliação Pós-Ocupação), utilizando como referência os aspectos do Estudo de Impacto de Vizinhança, presente no Plano Diretor de Curitiba. Orientados por uma visão de desenvolvimento urbano sustentável, cada item do Estudo de Impacto de Vizinhança foi levantado individualmente, porém foram analisados em conjunto, pois muitos itens se complementam, auxiliando na compreensão do todo. A implantação dos conjuntos no bairro Ganchinho geraram tanto impactos positivos quanto negativos. Dentre os impactos positivos estão a criação de mais equipamentos comunitários públicos e a melhora na infraestrutura viária do bairro. Contudo, o estudo mostra que com a longa distância do centro da cidade, somada a um transporte público ineficiente, as pessoas passam a precisar mais de veículos particulares. Essa necessidade de deslocamento e a valorização imobiliária, pós implantação dos conjuntos habitacionais, fizeram com que o custo de vida aumentasse gerando uma mudança de público atendido pelos empreendimentos. Essa análise possibilitou diagnosticar os impactos urbanos mais relevantes no bairro do Ganchinho, os quais poderiam ter sido melhor administrados. Contudo, justifica-se o investimento em estudos prévios do entorno, visando orientar de forma mais responsável e sustentável, a implantação de conjuntos habitacionais.

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Publicado

29.01.2021

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Seção

Artigos Científicos