MONITORAMENTO DE REATOR ANAERÓBIO DE MANTO DE LODO MODIFICADO EM ESCALA TESTE PARA TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar o funcionamento de reator anaeróbio de manto de lodo, sem a presença de separador de fases, para tratamento de esgoto sanitário. Além desse aspecto, também foi avaliada a presença de peneiramento fino estático a montante do reator. Foi utilizado esgoto afluente a uma ETE, em escala plena, que, após passar pelo tratamento preliminar, teve uma parcela encaminhada à peneira estática (e: 1mm) e posteriormente ao reator biológico. Este tem formato cilíndrico com diâmetro de 6,83 m, altura de 8,5 m e volume total de 318 m³, localizando-se na parte inferior, o compartimento anaeróbio e na parcela superior, o tanque de aeração e decantador secundário, não avaliados nesse trabalho. No reator anaeróbio modificado obteve-se remoção negativa para DBO e DQO, e remoção de 15% para SST. Foi constatado aumento na concentração de sólidos ao longo da altura do compartimento anaeróbio, tendo sido imposta regularmente a elevação da velocidade ascensional (0,33 a 0,49 m/h). Observou-se maior concentração do teor de sólidos no manto de lodo próximo do fundo do reator e valores menores nas alturas superiores. A operação do reator anaeróbio sem o separador de fases mostrou que não foi viável o controle da suspensão do manto de lodo apenas com a restrição de vazão no sistema. Não se pode afirmar que este foi o único motivo dos resultados obtidos, já que não ocorreu o descarte de lodo anaeróbio no período de monitoramento (abril a setembro), o que certamente contribuiu para a diminuição das eficiências de remoção.