A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA TEMPERATURA DO CONCRETO NA PREVENÇÃO DE FISSURAÇÕES E DA DEF, PARA A GARANTIA DO DESEMPENHO DAS ESTRUTURAS

Autores

  • Patricia Gambale Concrecon
  • Edna Possan
  • Nicole Hasparyk

Resumo

Muitas edificações urbanas devido à altura e robustez têm exigido elementos de concreto com elevadas dimensões, assim com o uso de concretos com maior resistência mecânica. Entretanto, elementos que demandam de elevados volumes de lançamento de concreto carecem de atenção quanto às manifestações patológicas advindas do processo exotérmico de hidratação do cimento, sendo recomendado que a temperatura não ultrapasse 65 ºC. O cuidado na execução de estruturas com elevados volumes em concreto já bastante difundido na construção de barragens, e vem ganhando espaço na construção civil urbana devido à potencialidade de ocorrência de DEF (delayed ettringite formation), que é a consequência da inibição da reação ou decomposição térmica da etringita primária por excesso de calor gerando fissurações no concreto endurecido. Seu controle deve ser conduzido por medidas mitigadoras, similar ao que ocorre com outras reações expansivas do concreto, como a RAA (reação álcali-agregado). Neste contexto, este trabalho objetiva apresentar os riscos associados à durabilidade destas estruturas devido às altas temperaturas que podem ser atingidas pelo concreto pelo processo de hidratação do cimento. Também são apresentadas estratégias (ou medidas mitigadoras) na fase inicial do projeto e execução para controlar a elevação de temperatura devido ao calor de hidratação, evitando fissuras de origem térmica e a ocorrência de DEF. A adoção de medidas mitigadoras é a forma mais econômica e segura para garantir a maior durabilidade do concreto e o aumento da vida útil e segurança das estruturas.

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Publicado

13.04.2023

Edição

Seção

Artigos Científicos